O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, anunciado pelo presidente Michel Temer, pode ajudar o órgão na luta pela autorização de um concurso pela categoria. Flávio Werneck, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), confia que Segóvia tentará possibilitar a seleção para vários cargos com os ministros da Justiça e do Planejamento.
“Sabemos das dificuldades, este ano e no próximo, para viabilizar concursos, principalmente pela posição do Planejamento. Por outro lado, há uma demanda por uma Polícia Federal mais eficiente, que combata o tráfico de drogas, de armas e contrabando. Para isso, precisamos do incremento do efetivo. Hoje, a Polícia Federal tem menos de 1.500 policiais para 17 mil quilômetros de fronteira, por exemplo”, apontou.
As recentes declarações do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, sobre a autorização de concursos para órgãos que tenham um grande número de servidores com condições de se aposentar, também aumenta as esperanças da Federação. Somente em 2017, 300 servidores deixaram a Polícia Federal. “Numa lista de prioridades temos a segurança pública em primeiro lugar, na visão da população. Sendo assim, acreditamos que a PF possa ser contemplada com uma autorização. É pelo que lutamos e esperamos”, destacou.
A expectativa é de que a Polícia Federal consiga preencher 1.758 vagas, sendo 600 para agente, 600 para escrivão, 491 para delegado e 67 para perito. Para concorrer aos dois primeiros cargos, é preciso ter nível superior em qualquer área e carteira de habilitação, na categoria B ou superior. A remuneração para ambas as posições é de R$11.897,86. Já a posição de delegado exige graduação em direito e três anos de experiência em atividade jurídica ou policial. Para perito, o curso superior varia conforme a área. O salário é de R$22.102,37 para ambos.
O concurso para agente avançou dentro do Ministério do Planejamento no último dia 17. Já a seleção para escrivão está no gabinete do secretário de Gestão de Pessoas do Planejamento, Augusto Akira Chiba, desde o fim de agosto. O concurso para perito e delegado não avança desde maio.
Segundo o sindicato da categoria, o cargo de agente conta com déficit de 6 mil profissionais, que pode ser aumentado com o alto índice de aposentadorias do órgão. O último concurso para agente da instituição foi em 2014. Já para escrivão, delegado e perito, a seleção foi em 2012. O Cespe/UnB (atual Cebraspe) foi a banca organizadora de ambas.
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